quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Trabalho infantil

Trabalho Infantil no Brasil

As crianças devem se dedicar a estudar e a brincar, e não a trabalhar

O trabalho infantil no Brasil ainda é um grande problema social. Milhares de crianças ainda deixam de ir à escola e ter seus direitos preservados, e trabalham desde a mais tenra idade na lavoura, campo, fábrica ou casas de família, em regime de exploração, quase de escravidão, já que muitos deles não chegam a receber remuneração alguma. Hoje em dia, em torno de 4,8 milhões de crianças de adolescentes entre 5 e 17 anos estão trabalhando no Brasil, segundo PNAD 2007. Desse total, 1,2 milhão estão na faixa entre 5 e 13 anos.

Apesar de no Brasil, o trabalho infantil ser considerado ilegal para crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos, a realidade continua sendo outra. Para adolescentes entre 14 e 15 anos, o trabalho é legal desde que na condição de aprendiz.

Crianças que trabalham


O trabalho infantil
O Peti (Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil) vem trabalhando arduamente para erradicar o trabalho infantil. Infelizmente mesmo com todo o seu empenho, a previsão é de poder atender com seus projetos, cerca de 1,1 milhão de crianças e adolescentes trabalhadores, segundo acompanhamento do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos). Do total de crianças e adolescentes atendidos, 3,7 milhões estarão de fora.

Ao abandonarem a escola, ou terem que dividir o tempo entre a escola e o trabalho, o rendimento escolar dessas crianças é muito ruim, e serão sérias candidatas ao abandono escolar e consequentemente ao despreparo para o mercado de trabalho, tendo que aceitar sub-empregos e assim continuarem alimentando o ciclo de pobreza no Brasil.

Sabemos que hoje em dia, a inclusão digital (Infoinclusão) é de extrema importância. Além da conclusão do ciclo básico de educação, e da necessidade de cursos técnicos, e da continuidade nos estudos, o computador vem se tornando fundamental em qualquer área de trabalho.

Desde que entrou em prática, no final de novembro de 2005, o projeto de inclusão digital do governo federal, Computador para Todos - Projeto Cidadão Conectado registrou mais de 19 mil máquinas financiadas. Programas do Governo Federal juntamente com governos estaduais, pretendem instalar computadores e acesso a internet banda larga em todas escolas públicas até 2010. Com isso esperam que o acesso a informações contribuam para um melhor futuro às nossas crianças e adolescentes.

Perfil do trabalho infantil no Brasil

Como já era de se esperar, o trabalho infantil ainda é predominantemente agrícola. Cerca de 36,5% das crianças estão em granjas, sítios e fazendas, 24,5% em lojas e fábricas. No Nordeste, 46,5% aparecem trabalhando em fazendas e sítios.

A Constituição Brasileira é clara: menores de 16 anos são proibidos de trabalhar, exceto como aprendizes e somente a partir dos 14. Não é o que vemos na televisão. Há dois pesos e duas medidas. Achamos um absurdo ver a exploração de crianças trabalhando nas lavouras de cana, carvoarias, quebrando pedras, deixando sequelas nessas vítimas indefesas, mas costumamos aplaudir crianças e bebês que tornam-se estrelas mirins em novelas, apresentações e comerciais.
A UNICEF declarou no Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil (12 de junho) que os esforços para acabar com o trabalho infantil não serão bem sucedidos sem um trabalho conjunto para combater o tráfico de crianças e mulheres no interior dos países e entre fronteiras. No Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, a UNICEF disse/referiu com base em estimativas que o tráfico de Seres humanos começa a aproximar-se do tráfico ilícito de armas e drogas.
Longe de casa ou num país estrangeiro, as crianças traficadas – desorientadas, sem documentos e excluídas de um ambiente que as proteja minimamente – podem ser obrigadas a entrar na prostituição, na servidão doméstica, no casamento precoce e contra a sua vontade, ou em trabalhos perigosos.
Embora não haja dados precisos sobre o tráfico de crianças, estima-se que haverá cerca de 1.2 milhões de crianças traficadas por ano.

O que é o trabalho infantil

Trabalho infantil é toda forma de trabalho exercido por crianças e adolescentes, abaixo da idade mínima legal permitida para o trabalho, conforme a legislação de cada país. O trabalho infantil, em geral, é proibido por lei. Especificamente, as formas mais nocivas ou cruéis de trabalho infantil não apenas são proibidas, mas também constituem crime.
A exploração do trabalho infantil é comum em países subdesenvolvidos,e países emergentes como no Brasil, onde nas regiões mais pobres este trabalho é bastante comum. Na maioria das vezes isto ocorre devido à necessidade de ajudar financeiramente a família. Muitas destas famílias são geralmente de pessoas pobres que possuem muitos filhos. Apesar de existir legislações que proíbam oficialmente este tipo de trabalho, é comum nas grandes cidades brasileiras a presença de menores em cruzamentos de vias de grande tráfego, vendendo bens de pequeno valor monetário.
Apesar de os pais serem oficialmente responsáveis pelos filhos, não é hábito dos juízes puni-los. A ação da justiça aplica-se mais a quem contrata menores, mesmo assim as penas não chegam a ser aplicadas.
http://br.guiainfantil.com/direitos-das-criancas/450-trabalho-infantil-no-brasil.html

Desenvolvimento sustentável

O que é desenvolvimento sustentável?

A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
 / ©: WWF-Brasil
© WWF-Brasil

O que é preciso fazer para alcançar o desenvolvimento sustentável?

Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos.

Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente.

Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende.

Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico.

O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem. 

Questão do trabalho:

Problemas pessoais no trabalho interferem no desenvolvimento da carreira:
Uma carreira profissional bem-sucedida é reflexo de diversos fatores. É preciso ter conhecimento técnico, desenvolver competências, encontrar a empresa certa, estar motivado e ainda evitar se envolver em problemas pessoais no ambiente corporativo.

Quando o assunto são as relações pessoais no trabalho, há diversas questões que podem atrapalhar, e muito, o desenvolvimento da carreira. Com a ajuda de especialistas, a equipe InfoMoney listou alguns dos problemas mais comuns no cenário corporativo. Confira:

Assédio sexual e moral - se valer da sua posição na empresa para assediar moralmente ou sexualmente um subordinado é um dos principais problemas pessoais no mundo corporativo. Quem o pratica está sujeito a uma série de penalidades que podem contribuir para encerrar uma carreira antes do planejado, e quem sofre o assédio também pode ficar com várias sequelas.

O que se pode fazer é tomar algumas medidas para evitar que esse tipo de situação aconteça. De acordo com a gerente de Recursos Humanos da Personal Service, Alexandra Morgado, se o profissional já percebeu que seu chefe ou algum superior tende a ter esse tipo de comportamento, ele deve evitar ter muita intimidade. “É melhor você ter uma relação o mais profissional possível, sendo sempre cordial, mas sem intimidade”.

Falta de postura - embora você passe boa parte do seu tempo no trabalho, o ambiente corporativo não é sua casa. Pessoas briguentas, que se impõem no grito, que batem nas mesas, normalmente não são bem vistas pelos colegas de trabalho.

“É um grande erro pensar que se pode vencer uma discussão no grito”, explica Alexandra. No ambiente corporativo, diz a especialista, é preciso saber conviver com pessoas diferentes e que possuem experiências diversas. “Essa mistura exige um código de conduta corporativa para que as pessoas consigam conviver de forma harmoniosa”.

Hierarquia - por mais que as empresas estejam se tornando cada vez mais colaborativas, dando mais autonomia para os profissionais, ao mesmo tempo em que tentam tirar um pouco da atenção em torno da figura do chefe, a hierarquia ainda não foi abolida e o chefe continua sendo o chefe.

Assim, se você não concorda com as ideias do seu, o máximo que pode fazer é tentar fazê-lo mudar de pensamento, dando argumentos bem embasados e coerentes, mas sabendo que, ao final, quem dará a última palavra será ele e não você. “Se você não gosta de ter chefe, é melhor pensar em abrir seu próprio negócio”, diz Alexandra. Mesmo porque tentar lutar contra ele só vai atrasar sua carreira.

Fofoqueiro - se você descobriu que é conhecido na empresa como o “leva e trás” ou o “fofoqueiro”, é melhor tomar uma atitude urgente para mudar essa realidade. A fofoca corporativa faz parte da lista dos piores comportamentos no mundo profissional.

Inevitavelmente o profissional vai acabar sendo descoberto, o que pode comprometer muito sua imagem dentro da organização e mesmo frente aos colegas de trabalho. Além disso, a energia gasta em fofocas pode comprometer sua produtividade no trabalho, limitando seu desenvolvimento profissional.

Assédio entre colegas - o trabalho é o local onde boa parte das pessoas encontram futuros maridos e esposas. Certo. Porém, uma coisa é se envolver com alguém do escritório e engatar um namoro sério, outra coisa é ficar dando em cima insistentemente de uma pessoa que não está nem um pouco interessada.

Ficar assediando colegas de trabalho, apesar de a pessoa ter deixado claro que não está interessada, também pode causar diversos tipos de penalidades.

Brigar e discutir - uma coisa é não gostar de um colega de trabalho, outra, completamente diferente, é externar esse sentimento a ponto de travar discussões e brigas. É interessante entender que você não precisa gostar de todos os profissionais com quem trabalha, mas, por outro lado, precisa conviver e respeitar. Algo que sempre pode ajudar é nunca esquecer que as pessoas são diferentes e que nem todo mundo pensa como você.
Conclusão da Questão Ambiental:
Com o aumento da população na Terra, a natureza está cada dia perdendo seu espaço e com isso causando um desequilíbrio muito grande; Cada vez mais o humano utilizada os recurso naturais como meio de sobrevivência, poluindo a água, explorando a natureza. Mal ele sabendo  que com isso está acabando com a sua própria existência.
Algumas instituições estão lutando para tentar reverter essa degradação ambiental, tentando consentira o humano  que se ele continuar degradando a natureza, o seu futuro e dos seus será incertos; podendo passar muito mais dificuldades, do que ele acha que passa agoira.

Questão Ambiental

À medida que a humanidade aumenta sua capacidade de intervir na natureza para satisfação de necessidades e desejos crescentes, surgem tensões e conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos em função da tecnologia disponível.  
Nos últimos séculos, um modelo de civilização se impôs, trazendo a industrialização, com sua forma de produção e organização do trabalho, além da mecanização da agricultura, que inclui o uso intenso de agrotóxicos, e a urbanização com um processo de concentração populacional nas cidades.
A tecnologia empregada evoluiu rapidamente com conseqüências indesejáveis que se agravam com igual rapidez. A exploração dos recursos naturais passou a ser feita de forma demasiadamente intensa. Recursos não-renováveis, como o petróleo, ameaçam escassear. De onde se retirava uma árvore, agora retiram-se centenas. Onde moravam algumas famílias, consumindo alguma água e produzindo poucos detritos, agora moram milhões de famílias, exigindo imensos mananciais e gerando milhares de toneladas de lixo por dia. Essas diferenças são determinantes para a degradação do meio onde se insere o homem. Sistemas inteiros de vida vegetal e animal são tirados de seu equilíbrio. E a riqueza, gerada num modelo econômico que propicia a concentração da renda, não impede o crescimento da miséria e da fome. Algumas das conseqüências indesejáveis desse tipo de ação humana são, por exemplo, o esgotamento do solo, a contaminação da água e a crescente violência nos centros urbanos.
À medida que tal modelo de desenvolvimento provocou efeitos negativos mais graves, surgiram manifestações e movimentos que refletiam a consciência de parcelas da população sobre o perigo que a humanidade corre ao afetar de forma tão violenta o seu meio ambiente. Em países como o Brasil, preocupações com a preservação de espécies surgiram já há alguns séculos, como no caso do pau-brasil, por exemplo, em função de seu valor econômico. No final do século passado iniciaram-se manifestações pela preservação dos sistemas naturais que culminaram na criação de Parques Nacionais, como ocorreu nos Estados Unidos.
É nesse contexto que, no final do século passado, surge a área do conhecimento que se chamou de Ecologia. O termo foi proposto em 1866 pelo biólogo Haeckel, e deriva de duas palavras gregas: oikos, que quer dizer "morada", e logos, que significa "estudo". A Ecologia começa como um novo ramo das Ciências Naturais, e seu estudo passa a sugerir novos campos do conhecimento como, por exemplo, a ecologia humana e a economia ecológica. Mas só na década de 1970 o termo "ecologia" passa a ser conhecido do grande público. Com freqüência, porém, ele é usado com outros sentidos e até como sinônimo de meio ambiente.
Nas nações mais industrializadas passa-se a constatar uma deterioração na qualidade de vida que afeta a saúde tanto física quanto psicológica dos habitantes das grandes cidades. Por outro lado, os estudos ecológicos começam a tornar evidente que a destruição — e até a simples alteração — de um único elemento num ecossistema pode ser nociva e mesmo fatal para o sistema como um todo. Grandes extensões de monocultura, por exemplo, podem determinar a extinção regional de algumas espécies e a proliferação de outras. Vegetais e animais favorecidos pela plantação, ou cujos predadores foram exterminados, reproduzem-se de modo desequilibrado, prejudicando a própria plantação. Eles passam a ser considerados então uma "praga". A indústria química oferece como solução o uso de praguicidas que acabam, muitas vezes, envenenando as plantas, o solo e a água. Problemas como esse vêm confirmar a hipótese, que já se levantava, de que poderia haver riscos sérios em se manter um alto ritmo de ocupação, invadindo e destruindo a natureza sem conhecimento das implicações que isso traria para a vida no planeta.
Até por volta da metade do século XX, ao conhecimento científico da Ecologia somou-se um movimento ecológico voltado no início principalmente para a preservação de grandes áreas de ecossistemas "intocados" pelo homem, criando-se parques e reservas. Isso foi visto muitas vezes como uma preocupação poética de visionários, uma vez que pregavam o afastamento do homem desses espaços, inviabilizando sua exploração econômica.
Após a Segunda Guerra Mundial, principalmente a partir da década de 60, intensificou-se a percepção de que a humanidade pode caminhar aceleradamente para o esgotamento ou a inviabilização de recursos indispensáveis à sua própria sobrevivência. E, assim sendo, que algo deveria ser feito para alterar as formas de ocupação do planeta estabelecidas pela cultura dominante. Esse tipo de constatação gerou o movimento de defesa do meio ambiente que luta para diminuir o acelerado ritmo de destruição dos recursos naturais ainda preservados e que busca alternativas que conciliem, na prática, a conservação da natureza com a qualidade de vida das populações que dependem dessa natureza .

A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS

O objetivo deste trabalho é o de analisar as evidências empíricas de estudos sobre degradação ambiental no Brasil que estudaram esse fenômeno a partir de um índice e verificar o comportamento da degradação nas diversas regiões do país. Além disso, são analisadas questões referentes ao panorama desses estudos, verificando em quais pontos os trabalhos futuros dessa temática podem avançar. Dentre as regiões mais impactadas pela degradação estão estados da Região Nordeste, Centro-Oeste, e o estado de Minas Gerais. Dentre as principais causas da degradação ambiental nessas regiões estão o clima, a pobreza e os impactos do agronegócio. Com relação às principais lacunas dessa área temática, estão a escassez de estudos na Região Sul do Brasil e também de estudos que mapeiem a degradação em todo o território nacional, a realização da análise desse fenômeno apenas em um corte específico de tempo e o não relacionamento da degradação ambiental com aspectos socioeconômicos. 1 INTRODUÇÃO As mudanças ocorridas no meio ambiente acompanham a evolução do ser humano enquanto ser social. Essas mudanças ocorrem no uso de novos meios, novas tecnologias e novas técnicas tanto referentes à produção econômica quanto a mecanismos para a melhoria do bem-estar social. Entretanto, algumas dessas mudanças vêm provocando problemas para a sociedade e, dentre essas, uma de grande destaque dentro do debate sociopolítico atual é a questão da degradação ambiental. Um conjunto de causas é apontado como responsáveis pelo atual processo de degradação que atinge diversas partes do mundo. Dentre elas destacam-se: intervenção humana, crescimento populacional, práticas inadequadas na agropecuária e construções de complexos industriais (BALSAN, 2006). Uma das grandes responsáveis por esse processo de degradação ambiental é a modificação do cenário do campo originado pelas práticas agropecuárias. Por meio de processos de modernização e de maior informação dos produtores, houve uma modificação desse ambiente. Entre as práticas e técnicas oriundas da agropecuária que geram impactos no meio ambiente estão o cultivo intensivo do solo, o uso de fertilizantes, a irrigação, o uso de agrotóxicos e a manipulação dos genomas das plantas (GLIESSMAN, 2005). Essa mudança veio ocasionar transformações no cenário anteriormente vigente que, de acordo com Balsan (2006), geram dois tipos de impactos, isto é, os ambientais e os socioeconômicos. Dentre os impactos ambientais, um de bastante relevância, dentro da literatura acadêmica e do contexto sociopolítico da atual sociedade, é a degradação ambiental. Esse fenômeno pode ser entendido, conforme Lemos (2001), como destruição, deterioração ou desgaste gerados ao meio ambiente a partir de atividades econômicas e de aspectos populacionais e biológicos. Dessa maneira, muitas das mudanças oriundas da degradação ambiental resultam da atividade agropecuária. No cenário brasileiro, essa questão tem também grande parcela decorrente da exploração da agropecuária, atividade que possui forte importância econômica para o país. No processo de degradação decorrente no cenário brasileiro, uma alternativa que surge é a agroecologia. Essa abordagem consiste em técnicas de agricultura praticadas de maneira sustentável e, assim, propõe-se a ser uma alternativa de reversão dentro dos problemas sócio-produtivos no ambiente agrícola. A agroecologia procura valorizar o saber produtivo do agricultor e a preservação do ambiente, constituindo-se, portanto, em um instrumento de combate à pobreza e à degradação (SOUZA, 2011). Posto isso, começaram a surgir na literatura trabalhos a fim de mensurar a degradação ambiental brasileira a partir da construção de um índice. A construção desse tipo de indicador, isto é, de caráter ambiental, possui o objetivo de fornecer auxílio na formulação de políticas públicas, de acordos internacionais e nas tomadas de decisão dos entes públicos e privados. Além disso, esses indicadores permitem detalhar a situação da interação da atividade humana no meio ambiente (BRAGA et al., 2004; LIRA; CÂNDIDO, 2008). Assim, a partir do trabalho de degradação ambiental de Lemos (2001), que construiu um Índice de Degradação (ID) para avaliar a Região Nordeste do Brasil, outros estudos aplicaram sua metodologia para verificar o fenômeno da degradação ambiental em outras partes do Brasil. Dessa maneira, o objetivo geral deste trabalho consiste em analisar as evidências empíricas de estudos sobre degradação ambiental no Brasil que estudaram a degradação a partir de um índice e verificar o comportamento desse fenômeno nas diversas regiões do país. Além disso, são analisadas questões referentes ao panorama desses estudos, verificando em quais pontos os trabalhos futuros dessa temática podem avançar. A fim de atingir esses objetivos, o presente artigo está estruturado, além desta introdução, em quatro seções. Na segunda seção, é apresentado o referencial teórico; na seção seguinte, os procedimentos metodológicos utilizados; na quarta seção, os resultados são analisados e discutidos e, por último, são apresentadas as considerações finais do trabalho. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Degradação Ambiental O ser humano como agente modificador da paisagem natural possui responsabilidade pelos impactos causados no espaço ambiental. A questão dos impactos originados pela degradação ambiental é complexa e exige conhecimentos multidisciplinares por parte dos atuantes no manejo do solo ou de outros elementos naturais bem como daqueles que atuam nas políticas públicas (BALSAN, 2006). Esse fenômeno pode ser entendido como uma destruição, deterioração ou desgaste do meio ambiente (LEMOS, 2001). Um dos grandes responsáveis pela degradação ambiental é o uso intensivo do solo, provocando, segundo Gliessman (2005), a degradação da matéria orgânica e compactando-o por meio de maquinário pesado. Outro responsável pela degradação, o uso de agrotóxicos, tem também impactos para a saúde humana. Além de poluir o ambiente, esse implemento agrícola pode causar sérios efeitos na saúde do ser humano que tiver contato com esse tipo de produto (RIGOTTO et al., 2012). O uso de fertilizantes é outro ponto abordado que impacta o meio ambiente e, apesar de proporcionar fertilização em curto prazo para as lavouras, o seu uso intensivo e inadequado provoca o comprometimento da fertilização em longo prazo bem como, assim como os agrotóxicos, impactos na saúde humana. A irrigação é outro item que agrava a degradação, pois pode promover sérios danos à hidrografia, além de promover a lixiviação de fertilizantes, poluindo lagos e rios e ocasionando a erosão de solos. Por fim, outro impacto da degradação advindo da agropecuária é a manipulação de genomas das plantas. Essas modificações visam deixar as plantas geneticamente mais produtivas, entretanto são extremamente dependentes do uso de agrotóxicos e fertilizantes, que devem ser usados de maneira intensiva e que, consequentemente, causam os impactos citados anteriormente (GLIESSMAN, 2005). A fim de evitar a degradação e a pobreza dentro do ambiente agropecuário, a agroecologia, segundo Left (2002), é uma técnica alternativa que busca uma produção agrícola realizada de forma ecológica e socialmente sustentável. O mesmo autor afirma que essa alternativa vem propor substituições nas práticas predadoras, oriundas da lógica capitalista, que provocam degradação no meio ambiente, podendo vir a deixá-los inférteis. Dessa maneira, modelos de agricultura baseados na agroecologia vêm diversificar a concepção atual de exploração do meio, procurando por meio da harmonia entre recursos naturais e recursos humanos, atender às necessidades vigentes desta e das próximas gerações com relação à questão dos recursos naturais (MACHADO, 2010). O grande contraponto que a agroecologia postula, diferentemente da lógica capitalista, é referente ao prazo do sistema produtivo. Enquanto o sistema produtivo agrícola capitalista possui foco no curto prazo, a agroecologia tem a sua forma produtiva com enfoque no longo prazo. Assim, a agroecologia propõe o melhor uso da terra a fim de que a produção reduza seus impactos no meio ambiente e venha a ter uma rentabilidade por um período de tempo maior ocasionado pelo bom uso da terra (SOUZA, 2011). Nesse contexto, a fim de mensurar e quantificar os impactos da degradação ambiental de uma determinada área, um procedimento usado nessa temática é a construção de um índice. Os índices são números que têm o objetivo de descrever determinado aspecto da realidade ou ainda procuram relacionar vários desses aspectos (MARTINEZ, 2004). Além disso, utilizam para seu cálculo bases científicas e métodos adequados, servindo como instrumento para o processo de tomada de decisão (SICHE et al., 2007). Dessa forma, a construção de um índice da degradação ambiental surge como proxy para a mensuração desse fenômeno. 2.2 Índice de Degradação O Índice de Degradação (ID) surge como uma medida de proporção de degradação ambiental de uma região objeto de estudo (SILVA; RIBEIRO, 2004). O trabalho de Lemos (2001) foi o pioneiro na construção desse índice, pois foi o primeiro a determinar o ID a partir de uma metodologia que foi sendo seguida por alguns autores no decorrer de trabalhos posteriores. O Índice de Degradação surge como uma evolução, analisando o aspecto metodológico do índice de desertificação também criado pelo mesmo autor. Dessa forma, de acordo com as ideias de Lemos (1995), o índice de desertificação não tinha a capacidade de captar o percentual de devastação de determinada região de estudo ao qual estava sendo submetido. Assim, isso só se tornou possível a partir da construção de um Índice de Degradação (LEMOS, 2001). O ID possui algumas variações a partir de trabalhos posteriores ao de Lemos (2001), visto que estes procuram adaptar o índice e sua metodologia à região estudada. Entretanto, a essência da construção do índice idealizada pelo autor criador do Índice de Degradação consiste em, primeiramente, a partir da análise multivariada sobre as variáveis a serem estudadas, criar um Índice Parcial de Degradação (IPD). Após isso, faz-se uma estimação com base no IPD, por meio de análise de regressão, atribuindo pesos a cada uma das variáveis que fazem parte da composição do ID (SILVA; RIBEIRO, 2004). Com base na metodologia desenvolvida por Lemos (2001) é que outros estudos foram surgindo a fim de aplicar a metodologia criada pelo autor em diversas outras realidades (SILVA; RIBEIRO, 2004; FERNANDES; CUNHA; SILVA, 2005; CUNHA et al., 2008, PAIS et al., 2012). 3 METODOLOGIA O presente trabalho é caracterizado como de levantamento bibliográfico, visto que há um levantamento das publicações referentes a um tema específico e estas são objetos de análise deste estudo. Portanto, foram pesquisados trabalhos com relação à temática de índices de degradação ambiental no Brasil com publicações em periódicos com o objetivo de verificar o estado da arte do assunto na literatura. Entretanto, só foram considerados, para fins deste trabalho, aqueles que estudaram o fenômeno da degradação ambiental a partir da construção de um índice denominado como Índice de Degradação, criado por Lemos (2001). Além da análise dos resultados desse trabalho, foram verificadas questões referentes aos trabalhos de Silva e Ribeiro (2004), Fernandes, Cunha e Silva (2005), Cunha et al. (2008) e Pais et al. (2012), os quais utilizaram a metodologia de índices para estudar a degradação ambiental em outros estados e regiões brasileiras. Por fim, após a análise desses estudos, são feitas análise quanto ao panorama da degradação ambiental no Brasil. Verifica-se, de forma comparativa, o comportamento desse fenômeno no Brasil a partir das evidências empíricas. Além disso, são feitos levantamentos e questionamentos referentes aos trabalhos apresentados. Isso é realizado a fim de contribuir para os avanços dos estudos futuros nessa temática. 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 4.1 Evidências Empíricas A literatura referente ao tema demonstra que alguns autores se propuseram a analisar a degradação ambiental em estados e regiões brasileiras a partir da construção de um Índice de Degradação e análise multivariada. Dentre esses, pode-se citar os trabalhos de Lemos (2001), Silva e Ribeiro (2004), Fernandes, Cunha e Silva (2005), Cunha et al. (2008) e Pais et al. (2012). O estudo pioneiro de Lemos (2001) mostra toda a construção do ID. Objetivando mapear a degradação ambiental dos municípios dos nove estados nordestinos, o autor verificou que mais da metade dos municípios da região convivem com uma realidade de mais de 80% de degradação, sendo o estado da Bahia o mais degradado. Para esse estado, os níveis de degradação obtidos a partir do ID chegaram a 84,36%, um número bastante elevado. Analisando o estado da Região Nordeste com menor ID, isto é, Pernambuco, verifica-se que 72,54% da área desse estado está degradada, o que ainda representa um valor muito elevado, se comparado a outras regiões brasileiras estudadas. O valor de degradação ambiental para os outros estados dessa região foram: Rio Grande do Norte (82,64%), Piauí (81,90%), Paraíba (81,57%), Sergipe (81,57%), Alagoas (79,33%), Ceará (76,17%) e Maranhão (75,79%). Ademais, o autor estimou que quase 8 milhões de habitantes da região vivem em área que são afetadas por níveis de degradação superiores a 60%. O trabalho de Silva e Ribeiro (2004) procurou estimar um ID como uma medição do grau de intensidade da área degrada dos municípios do estado do Acre. Os autores encontraram como resultados índices de degradação de valores baixos, em média de 30,74% para os municípios acreanos. Esse baixo índice mantém-se na maioria das regiões do estado com apenas algumas regiões de valor um pouco mais elevado. A partir da baixa média do ID para o estado do Acre, nota-se que alguns municípios possuem ID de valor zero ou próximos a esse valor. Entretanto, existem regiões nas quais a degradação ambiental é maior que 60%. Portanto, ficou evidente, na visão dos autores, que o estado do Acre possui um bom estado de conservação ambiental, porém, também há alguns indicadores em certas regiões de degradação elevada. Com a finalidade de quantificar o nível de degradação dos municípios do estado de Minas Gerais, o estudo de Fernandes, Cunha e Silva (2005) construíram seu índice com foco na área degradada dos municípios. Os resultados apontam para um elevado índice de degradação médio dos municípios, cerca de 86%. Esse valor é corroborado quando se analisam os municípios com ID igual a 1, isto é, que obtiveram o valor máximo do índice e representam 40% dos municípios desse estado. Além desses altos valores de degradação ambiental, existem regiões que apresentam um baixo padrão desse fenômeno, com valores bem próximos a zero. Dessa forma, para os autores, esses resultados possuem associação com o processo de desenvolvimento de Minas Gerais, que ocorre de maneira intensiva e é alavancado por fatores econômicos. O estudo de Cunha et al. (2008) adotou a abordagem de que a degradação ambiental é resultado direto da exploração agropecuária. Os autores avaliaram variáveis referentes ao uso intensivo da terra, de tecnologias (mecânica, bioquímica, elétrica e hídrica) e da modernização para a região do Cerrado brasileiro, no período de 1995-1996. A região de estudo, portanto, foi composta pelos estados de Tocantins, Piauí, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Maranhão e Mato Grosso. Os resultados demonstraram níveis de desigualdades microrregionais, nos quais as regiões Noroeste de Minas Gerais, Sul de Goiás e Sudeste de Mato Grosso apresentaram maiores níveis de degradação ambiental e as regiões do Piauí, Maranhão e Tocantins apresentaram valores médios menores do índice. Pela metodologia usada por esses autores, a qual é caracterizada por ser uma variação da metodologia utilizada por Lemos (2001), verificou-se que o valor médio do índice de cada estado foi o seguinte: Tocantins (0,10), Piauí (0,14), Mato Grosso do Sul (0,20), Minas Gerais (0,32), Bahia (0,22), Goiás (0,22), Maranhão (0,16) e Mato Grosso (0,33). O trabalho de Pais et al. (2012) também adotou uma abordagem de que a degradação do meio ambiente tem relação direta com a agropecuária e utilizou metodologia semelhante à de Cunha et al. (2008). O trabalho teve como escopo verificar essa questão para os municípios do estado da Bahia, no ano de 2006. Como resultados, os autores demonstraram que a Região Central do estado possui um baixo padrão de degradação de seus municípios. Entretanto, em outras regiões do estado, isto é, as mesorregiões Centro Sul e Sul, apresentaram elevado nível de degradação ambiental, demonstrando heterogeneidade entre os municípios baianos quanto a esse aspecto. 4.2 Panoramas dos Estudos Verifica-se que a degradação ambiental no Brasil impacta de maneira divergente as diferentes regiões. Entretanto, são evidentes os impactos pertinentes que esse fenômeno causa na dinâmica das regiões estudadas. Fica claro que os aspectos climáticos na região Nordeste causam grande impacto para a ocorrência da degradação ambiental. Ainda nessa região, infere-se que a pobreza possui grande relação com os impactos da degradação (LEMOS, 2001). Ademais, essa questão levanta questionamentos quanto à prática agropecuária no país, pois se verifica, na região de Minas Gerais e Centro-Oeste do país, o grande impacto dessa atividade para o agravamento desse fenômeno. Outro ponto importante a ser questionado, a partir dos resultados de trabalhos anteriores, é que a degradação ambiental é um fenômeno que se comporta de maneira heterogênea nas regiões estudadas. Isso porque, ao mesmo tempo em que se verificam altos padrões de degradação, são constadas regiões com baixos níveis quanto a esse tipo de impacto ambiental. Fazendo um levantamento quanto às regiões de estudo dos trabalhos referentes a essa temática, com a utilização de índices, verifica-se que quase todas as regiões do Brasil são estudadas, com exceção da Região Sul do país. Assim, com a escassez de trabalhos retratando a realidade da degradação ambiental nas regiões do extremo sul do brasileiro, construir um Índice de Degradação para os municípios e estados componentes dessa região, ou até mesmo para a região como um todo, permitirá verificar semelhanças e diferenças desse fenômeno para essa região em comparação com as realidades encontradas nas outras regiões. Além disso, a análise geral dessa questão em todo o contexto brasileiro também oferece um campo de estudo, pois não é possível fazer uma comparação e um levantamento da degradação ambiental em todas as unidades federativas brasileiras. Outro ponto a se destacar é que os estudos do ID fazem a análise da degradação ambiental em um corte específico do tempo. Dessa maneira, os resultados encontrados ficam limitados a apenas um espaço do tempo, não podendo ser analisada a evolução da degradação ao longo de um período. Assim, a partir da análise de degradação ambiental com dados em painel, isto é, em mais de um período para diferentes localidades (municípios, estados e regiões), há a possibilidade de identificar a dinâmica de degradação da região a ser estudada (PAIS et al., 2012). Outro ponto importante é a relação dessa temática com os impactos socioeconômicos das regiões de estudo. Apesar de a literatura do tema demonstrar o impacto e, de certa maneira, a relação da degradação ambiental com o desenvolvimento social e econômico das regiões, essas questões não são analisadas empiricamente por nenhum dos trabalhos. A utilização de outros indicadores a fim de agregar mais informações sobre esse tema atual e instigante é perfeitamente válida (FERNANDES; CUNHA; SILVA, 2005). Assim, além do aspecto ambiental, os indicadores econômicos bem como o modelo político da região estudada têm a sua contribuição para o uso irracional, ou não, dos recursos naturais (REED; SHENG, 1997; LEMOS, 2001; BIANCHI, 2005; ROSSATO, 2006). O aspecto social, isto é, ligado às características e às ações do componente humano também está conectado a esse fenômeno, pois a degradação ambiental, por razões sociais, pode ocorrer, por exemplo, devido ao mau uso dos recursos naturais ou à externalidades que são geradas por meio do consumo e de processos produtivos (LEMOS, 2001; KAMOGAWA, 2003). Outro ponto importante a ser destacado nesse quesito é a diferença de percepções que são intrínsecas ao ser humano no processo de avaliação do meio em que vive (COSTA; COLESANTI, 2011). Assim, surge a necessidade da verificação dessa relação existente entre a degradação ambiental e os aspectos socioeconômicos das regiões a fim de analisar o quanto cada aspecto pode vir a impactar na determinação do outro e vice-versa. 5 CONCLUSÕES A degradação ambiental é uma questão de interesse mundial. Apesar de uma diversidade de aspectos ocasionarem essa situação, no cenário brasileiro, essa questão está mais ligada aos impactos gerados pela agropecuária. Dessa forma, esse trabalho propôs-se a analisar a degradação ambiental a partir do ID das evidências empíricas publicadas na literatura a respeito do tema. Verifica-se que a degradação ambiental é uma questão agravante dentro do Brasil. Isso porque existem regiões muitas degradadas no país que possuem causas ligadas a aspectos como o clima, a pobreza e os impactos do agronegócio. Dentre as regiões mais impactadas pela degradação, nota-se, pelas evidências empíricas, que alguns estados da Região Nordeste e Centro-Oeste, além do estado de Minas Gerais, possuem elevados índices de degradação ambiental. Entretanto, apesar das diversas regiões apresentarem elevados ID, verifica-se que esse fenômeno mostra certa heterogeneidade no país, havendo regiões de baixa degradação ambiental, contrastando com regiões de índices elevados para esse fenômeno. A solução proposta pela própria literatura de economia agrícola e ambiental é a agroecologia. Esta se constitui num conjunto de técnicas e práticas agrícolas que alinham a questão da produtividade com os impactos ambientais, pensando não somente na produção de hoje, mas também nas gerações futuras. Em uma análise do panorama desse campo de estudo no cenário brasileiro, denotam-se alguns pontos nos quais a temática deste estudo pode avançar. O primeiro desses é que não há uma caracterização da degradação ambiental em nenhum dos estados da Região Sul do país bem como não há nenhum estudo que faça o mapeamento desse fenômeno em todo o território nacional de forma comparativa. Ademais, os trabalhos estudam apenas um corte específico de tempo, isto é, apenas um ano e não podem ser feitas, consequentemente, projeções quanto à degradação ambiental em determinada regiões. Por último, apesar de existirem inferências na literatura de relações entre a degradação ambiental e aspectos socioeconômicos, nenhum dos trabalhos que utilizaram a metodologia do ID verificaram empiricamente essa relação. Esse estudo fica limitado aos trabalhos existentes que ainda se mostram incipientes dentro da literatura nacional. Dessa maneira, sugere-se, para trabalhos futuros, seguir todos os pontos que mostram as lacunas não preenchidas com relação a esse tema, isto é, estudar a degradação ambiental na Região Sul do Brasil e também em todo o contexto nacional de forma comparativa, utilizar dados em um período maior de tempo de um ano e, por último, relacionar essa temática com outros assuntos ligados ao tema como os efeitos da degradação em aspectos socioeconômicos das realidades. Portanto, essas medidas farão contribuições para a maior exploração e entendimento desse fenômeno.

A educação ambiental na sociedade atual e sua abordagem no ambiente escolar

A educação ambiental está presente na vida dos seres desde o início de sua existência na Terra, pois, para sua sobrevivência era imprescindível o homem saber relacionar-se com o meio ambiente. De acordo com Donella Meadows (1996) “desde o primeiro o momento em que os seres humanos começaram a interagir com o mundo ao seu redor, e ensinaram seus fi­lhos a fazerem o mesmo, estava havendo educação e educação ambiental”. Após o processo de urbanização e industrialização a percepção de que a educação ambiental se faz presente em nosso dia-a-dia começou a mudar, o mundo começou um modelo de “desenvolvimento insustentável”, pois não importava o destino dos resíduos químicos, sendo estes da indústria ou das residências, todos eram despejados nos rios, nas matas, no meio ambiente em geral. Devido ao êxodo rural, há crescimento populacional nas cidades ocasionando assim aumento na geração de resíduos, os re­cursos naturais renováveis são vistos como inesgotáveis, não há nenhuma preocupação com o meio ambiente. A preocupação com o meio ambiente passou a ter maior importância devido a desastres sócio-ambientais que suscitaram o medo e, com isso, começaram a aparecer concepções para um “desenvolvimento sustentável”. Porém convém salientar que antes houve raros manifestos falando dos possíveis danos que poderiam ser causados pelo uso dos recursos indiscriminada­mente. Um desses manifestos ocorreu em 1854 quando o chefe indígena Seattle enviou uma cor­respondência ao governo norte-americano que tentava comprar as terras indígenas alertando para as conseqüências da urbanização desenfreada e sem planejamento. Algumas catástrofes ambientais ocasionadas pela Segunda Guerra Mundial levaram a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 1948, a realizar a Conferência na cidade francesa de Fontainebleau que levou ao surgimento União In­ternacional para a Conservação da Natureza (UICN). Dentre essas catástrofes podemos citar o Smog (termo que combina as palavras inglesas "smoke" e "fog", fumaça e neblina), poluição atmosférica de origem industrial em Londres e a imensa poluição do ar, água e do solo devido à reconstrução dos países pós-guerra. Na atualidade estamos vivenciando inúmeras catástrofes naturais que ocorrem devido à intervenção do homem na natureza. Considerando esse contexto, questionamos como a educação se posiciona perante a esta realidade? Qual será a postura das escolas em relação a essa situação? Será que os professores têm se sentindo preparados para trabalhar com a educação ambiental? Supondo que os professores possam ser formadores de opinião, que estratégias pedagógicas os mesmos vêm usando para conscientizar seus alunos dos estragos que o meio ambiente tem sofrido? Frente a essas discussões, consideramos a importância desse estudo para investigarmos o desenvolvimento da Educação ambiental nas séries iniciais do ensino fundamental na escola... Pensamos que esse estudo é fundamental para analisarmos as eventuais estratégias pedagógicas desenvolvidas pelos professores com relação ao meio ambiente, pois a partir delas possivelmente serão formados pesquisadores ecológicos atentos as questões ambientais atuais. Objetivo Geral Analisar a forma como a Educação Ambiental é abordada no espaço escolar. Objetivos específicos: Verificar qual é a percepção dos professores em relação à Educação Ambiental. Investigar quais são as estratégias pedagógicas usadas pelos professores no desenvolvimento do trabalho com a Educação Ambiental. Conhecer de que modo os alunos reagem às estratégias pedagógicas utilizadas pelos professores no trabalho com a Educação Ambiental. Metodologia A pesquisa a ser realizada terá uma abordagem qualitativa. Serão utilizados questionários, roteiros de observação e entrevistas com os sujeitos envolvidos na pesquisa. Iremos recorrer a entrevistas semi-estruturadas. De acordo com Bogdan e Biklen (p. 135, 1994), este tipo de entrevista oferece ao entrevistador uma amplitude de temas consideráveis, possibilitando que o sujeito molde seu conteúdo. O maior foco de investigação recairá nos professores, embora os alunos e outros educadores da escola (serventes, coordenadores, etc.), possam também ser ouvidos, com o intuito de avaliarmos se, em alguma medida, também contribuem para aprendizagem dos alunos. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’S) o trabalho que o professor realiza na área de Educação Ambiental deve ser desenvolvido a fim de ajudar os alunos a construírem uma consciência global das questões relativas ao meio para que possam assumir posições afinadas com os valores referentes à sua proteção e melhoria (p. 35, 1998). A primeira etapa para coleta de dados exigirá a leitura de textos sobre a Educação Ambiental no âmbito internacional, nacional, estadual e no município de Belo Horizonte. Através de sites confiáveis obteremos informações e analisaremos referências, conceitos, instrumentos legais bem como documentos sobre a evolução da Legislação Ambiental no Brasil. A etapa seguinte implicará na escolha de uma escola da rede pública onde se realizará o estudo de caso. A partir da observação, elaboraremos as entrevistas e questionários. Após a etapa de coleta de dados analisaremos e interpretaremos os dados através da Análise de conteúdo que, segundo Bardin (1977), tem por objetivo uma descrição analítica e sistemática, propiciando uma compreensão qualitativa do conteúdo das informações. REFERENCIAL TEÓRICO A Secretaria do Meio Ambiente (1999) vem tentando construir uma relação estreita entre a educação e a educação ambiental. E através de publicações, estudos, discursos em grupos procura estabelecer quais as principais idéias que a educação ambiental deve transmitir. A educação ambiental vem integrar novos conhecimentos, valores, capacidades que podem levar ao surgimento de uma nova consciência ambiental. Essa consciência integra o homem como parte da natureza e não sendo dono dela. Os Parâmetros Curriculares Nacionais consideram a Educação Ambiental um eixo transversal, pois deve ser trabalhado de modo multi, inter, ou até transdisciplinar, pois o meio ambiente engloba a vida e tudo o que gira em seu entorno. De acordo com SATO (2000, p.13), há urgência em gerenciar os problemas ambientais. Isso “obrigou” que diversas esferas institucionais de Estados brasileiros se preocuparem com o problema. A transversalidade da Educação Ambiental (EA) nestas instituições começou assegurar uma melhor qualidade nas atividades, em função do trabalho coletivo, além de evitar a duplicidade das ações, como eventos e comemorações em ocasiões especiais. No contexto da formação de professores, a parceria ocorre através de diversas interfaces como palestras, cursos participação em eventos, orientação para trabalho de campo, visitações em parques, museus ou horto florestal, além de outras atividades. A EA vai sendo desenhada com contornos regionais firmes, em processo co-formação, que atravessa departamentos, instituições e áreas do conhecimento, oferecendo um verdadeiro trabalho interdisciplinar. Segundo CARVALHO (1998, p.8) a visão do ambiente escolar ainda se estabelece na disciplinarização dos conteúdos, porém a educação ambiental ao ser trabalhada nesta forma ocasiona lacunas que são impossíveis preencher. Então cada dia mais os educadores acreditam no trabalho interdisciplinar para a EA, pois este tipo de trabalho possibilita realizar conexões indispensáveis para compreender a estrutura do meio ambiente.

Relação de trabalho e relação de emprego

Nesse contexto, trabalho é gênero enquanto emprego é espécie. Todo emprego é trabalho, mas nem todo vínculo jurídico de trabalho é um emprego. As relações de trabalho podem se dar de muitas formas. Há a relação de trabalho autônomo, onde é o próprio trabalhador que assume os riscos do empreendimento: ainda que preste serviços para outrem, o sujeito dessa relação está, na verdade, trabalhando para o próprio empreendimento. Há também a relação de trabalho avulso, que é um tipo especial de trabalho autônomo disciplinado pela Lei 8.630/1993 e que caracteriza em especial o trabalho dos estivadores e outras atividades portuárias. Temos ainda a relação de trabalho eventual, que se caracteriza por ser realizada sem pessoalidade e profissionalidade, no que popularmente é chamado de “bico”. Outra relação de trabalho que não é de emprego é a relação de trabalho institucional, que é própria dos funcionários públicos estatutários. O estágio e o trabalho voluntário são também relações de trabalho que não são consideradas empregos. Finalmente temos a relação de trabalho subordinado, que é justamente a relação de emprego. Entre todas as modalidades de trabalho esta é a mais comum e importante. Ela tem características específicas definidas pela legislação e pela doutrina. Características da relação de emprego A carteira de trabalho. Os pontos que diferenciam a relação jurídica de emprego de outras forma de trabalho podem ser resumidas em: trabalho por pessoa física, pessoalidade, não-eventualidade, onerosidade, subordinação e alteridade. Sendo a subordinação jurídica o requisito central da relação. Vejamos o que cada um desses termos representa:15 Trabalho por pessoa física: indica que o empregado não pode ser uma empresa ou outra pessoa jurídica. Pessoalidade: a prestação do serviço é incumbência de uma pessoa específica, cuja substituição é relevante. Não-eventualidade: o serviço é prestado de forma contínua, reiterada, permanente ou constante, e não se esgota com a própria execução. Onerosidade: a prestação de serviço não é gratuita, e é contraprestada em dinheiro ou outras formas de pagamento. Subordinação jurídica: o empregado não controla a forma da prestação de serviço, que se insere na estrutura da atividade econômica desenvolvida pelo empregador. Alteridade: o serviço é prestado para outrem, que, este sim, assume os riscos do empreendimento. Ressalte-se que a exclusividade não é elemento da relação de emprego. Deste modo, o fato de o trabalhador prestar serviços para mais de um tomador não impede a existência de vínculo empregatício com um ou ambos os tomadores. Ampliação da competência da justiça do trabalho A Emenda Constitucional 45 de 2004 trouxe uma modificação importante para a justiça do trabalho, que tornou-se agora competente para processar e julgar as ações oriundas das relações de trabalho (art. 114, I, da CF/1988). Anteriormente, talvez fosse mais correto dizer que e justiça do trabalho seria a “justiça do emprego”, pois era somente das relações de emprego que esta tratava. Agora, a Justiça Trabalhista brasileira passa a ter competência sobre as relações de trabalho em sentido amplo. Com a Emenda de 2004, ela passa a ter jurisdição sobre qualquer relação de trabalho, mesmo que esta não envolva subordinação jurídica. Assim, trabalhadores como pedreiros, pintores, técnicos de informática, e outros que sejam autônomos irão buscar seus direitos na Justiça do Trabalho

Direito do trabalho no Brasil

Direito do trabalho, ou direito laboral, é o conjunto de normas jurídicas que regem as relações entre empregados e empregadores, e os direitos resultantes da condição jurídica dos trabalhadores. Direito do trabalho no Brasil se refere ao modo como o Estado brasileiro regula as relações de trabalho e as normas e conceitos importantes para o seu entendimento. As normas do direito do trabalho brasileiro estão regidas pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), pela Constituição Federal e por várias leis esparsas (como a lei que define o trabalho do estagiário, dentre outras). Natureza jurídica O tema da classificação do direito do trabalho brasileiro não é ponto pacífico entre os doutrinadores. A corrente majoritária entende que ele faz parte do direito privado, uma vez que se trata da relação entre partes privadas: patrão e empregado. Porém, o direito do trabalho tem hoje várias regras cogentes (de caráter público) visando a garantir os direitos mínimos do trabalhador ante o empregador. Essas regras públicas existem em virtude da doutrina do intervencionismo básico do Estado que busca proteger o empregado, elo mais fraco da relação. Esse intervencionismo faz alguns defenderem uma natureza jurídica mista (ou seja, de direito parcialmente privado e parcialmente público) para este ramo do direito que mescla tanto de normas públicas quanto privadas. Outros vão mais longe e entendem que a livre manifestação das vontades foi substituída, no direito do trabalho, pela vontade do Estado e esse teria, portanto, caráter de direito público. Finalmente, há também uma corrente que liga o direito do trabalho ao direito social, enfatizando a coletivização do direito. De qualquer modo, a tese de que este ramo do direito seria parte do direito privado permanece sendo a que prevalece no direito brasileiro.

Questão Ambiental

À medida que a humanidade aumenta sua capacidade de intervir na natureza para satisfação de necessidades e desejos crescentes, surgem tensões e conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos em função da tecnologia disponível. Nos últimos séculos, um modelo de civilização se impôs, trazendo a industrialização, com sua forma de produção e organização do trabalho, além da mecanização da agricultura, que inclui o uso intenso de agrotóxicos, e a urbanização com um processo de concentração populacional nas cidades. A tecnologia empregada evoluiu rapidamente com conseqüências indesejáveis que se agravam com igual rapidez. A exploração dos recursos naturais passou a ser feita de forma demasiadamente intensa. Recursos não-renováveis, como o petróleo, ameaçam escassear. De onde se retirava uma árvore, agora retiram-se centenas. Onde moravam algumas famílias, consumindo alguma água e produzindo poucos detritos, agora moram milhões de famílias, exigindo imensos mananciais e gerando milhares de toneladas de lixo por dia. Essas diferenças são determinantes para a degradação do meio onde se insere o homem. Sistemas inteiros de vida vegetal e animal são tirados de seu equilíbrio. E a riqueza, gerada num modelo econômico que propicia a concentração da renda, não impede o crescimento da miséria e da fome. Algumas das conseqüências indesejáveis desse tipo de ação humana são, por exemplo, o esgotamento do solo, a contaminação da água e a crescente violência nos centros urbanos. À medida que tal modelo de desenvolvimento provocou efeitos negativos mais graves, surgiram manifestações e movimentos que refletiam a consciência de parcelas da população sobre o perigo que a humanidade corre ao afetar de forma tão violenta o seu meio ambiente. Em países como o Brasil, preocupações com a preservação de espécies surgiram já há alguns séculos, como no caso do pau-brasil, por exemplo, em função de seu valor econômico. No final do século passado iniciaram-se manifestações pela preservação dos sistemas naturais que culminaram na criação de Parques Nacionais, como ocorreu nos Estados Unidos. É nesse contexto que, no final do século passado, surge a área do conhecimento que se chamou de Ecologia. O termo foi proposto em 1866 pelo biólogo Haeckel, e deriva de duas palavras gregas: oikos, que quer dizer "morada", e logos, que significa "estudo". A Ecologia começa como um novo ramo das Ciências Naturais, e seu estudo passa a sugerir novos campos do conhecimento como, por exemplo, a ecologia humana e a economia ecológica. Mas só na década de 1970 o termo "ecologia" passa a ser conhecido do grande público. Com freqüência, porém, ele é usado com outros sentidos e até como sinônimo de meio ambiente. Nas nações mais industrializadas passa-se a constatar uma deterioração na qualidade de vida que afeta a saúde tanto física quanto psicológica dos habitantes das grandes cidades. Por outro lado, os estudos ecológicos começam a tornar evidente que a destruição — e até a simples alteração — de um único elemento num ecossistema pode ser nociva e mesmo fatal para o sistema como um todo. Grandes extensões de monocultura, por exemplo, podem determinar a extinção regional de algumas espécies e a proliferação de outras. Vegetais e animais favorecidos pela plantação, ou cujos predadores foram exterminados, reproduzem-se de modo desequilibrado, prejudicando a própria plantação. Eles passam a ser considerados então uma "praga". A indústria química oferece como solução o uso de praguicidas que acabam, muitas vezes, envenenando as plantas, o solo e a água. Problemas como esse vêm confirmar a hipótese, que já se levantava, de que poderia haver riscos sérios em se manter um alto ritmo de ocupação, invadindo e destruindo a natureza sem conhecimento das implicações que isso traria para a vida no planeta. Até por volta da metade do século XX, ao conhecimento científico da Ecologia somou-se um movimento ecológico voltado no início principalmente para a preservação de grandes áreas de ecossistemas "intocados" pelo homem, criando-se parques e reservas. Isso foi visto muitas vezes como uma preocupação poética de visionários, uma vez que pregavam o afastamento do homem desses espaços, inviabilizando sua exploração econômica. Após a Segunda Guerra Mundial, principalmente a partir da década de 60, intensificou-se a percepção de que a humanidade pode caminhar aceleradamente para o esgotamento ou a inviabilização de recursos indispensáveis à sua própria sobrevivência. E, assim sendo, que algo deveria ser feito para alterar as formas de ocupação do planeta estabelecidas pela cultura dominante. Esse tipo de constatação gerou o movimento de defesa do meio ambiente que luta para diminuir o acelerado ritmo de destruição dos recursos naturais ainda preservados e que busca alternativas que conciliem, na prática, a conservação da natureza com a qualidade de vida das populações que dependem dessa natureza Conclusão: Com o aumento da população na Terra, a natureza está cada dia perdendo seu espaço e com isso causando um desequilíbrio muito grande; Cada vez mais o humano utilizada os recurso naturais como meio de sobrevivência, poluindo a água, explorando a natureza. Mal ele sabendo que com isso está acabando com a sua própria existência. Algumas instituições estão lutando para tentar reverter essa degradação ambiental, tentando consentira o humano que se ele continuar degradando a natureza, o seu futuro e dos seus será incertos; podendo passar muito mais dificuldades, do que ele acha que passa agoira.
Trabalho escravo atual

A Questão Ambiental no Brasil

IMPACTOS AMBIENTAIS EM BIOMAS BRASILEIROS

Um dos problemas mais graves do Brasil são os impactos ambientais, vistos que o Brasil é beneficiado com a maior biodiversidade mundial. A natureza sofre desde o inicio da colonização, quando nosso litoral foi devastado pelos colonizadores. Matas foram derrubadas, animais foram mortos. Estes estragos se estenderam ao interior rompendo o equilíbrio ecológico com atividades como mineração e criação de gado. E nas décadas de 1950 a 1970, a construção de Brasília causou fortes impactos ambientais nas regiões norte e centro oeste. Observe as paisagens de Cerrados e as agressões que essa vegetação vem sofrendo para dá lugar a pecuária e a agricultura. É a vegetação que depois da Mata Atlântica, mais agressão sofre. 






Atualmente fala-se em outro tipo de agressão: o impacto ambiental urbano. As cidades estão ameaçadas pela degradação do ambiente. A degradação do ar pela poluição compromete a vida das cidades. 

Os manguezais e restingas abrangem a faixa costeira e são as áreas mais devastadas pelo processo de urbanização, que polui água e solo com esgotos, produtos químicos e o turismo desordenado.

O ambiente da Amazônia quase não foi atingido no inicio da colonização, mas atualmente 15% da Amazônia foi destruída. Essa destruição tem sido incentivada pelo governo desde 1940, com projetos agropecuários. Outros fatores são responsáveis pela degradação do ambiente, tais como: construções de usinas hidrelétricas, extração de madeira, garimpo de ouro, construção de rodovias e ferrovias. O novo código florestal brasileiro prevê mais desmatamento, a chamada reserva legal. Essa questão ainda é tema de discussão no congresso entre ruralistas e ambientalistas. 



Os criadores e agricultores utilizam a queimada como a maneira mais barata e rápida para limpar o solo. A queimada destrói a flora e a fauna e o cerrado está desaparecendo com as pastagens e as plantações de soja. 
A pecuária e latifúndios são responsáveis pela degradação da caatinga. Sua fauna está seriamente ameaçada de extinção. 




Por ocupar região com poucos recursos hídricos a caatinga é fundamental para a vida da população que dela sobrevive. Entretanto, os latifundiários além de destruir o ambiente natural, monopolizam as águas do São Francisco. Consequência dos impactos ambientais são: desertificação da caatinga, êxodo rural, salinização do solo.

Os campos abrangem áreas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Argentina, Uruguai e Paraguai. Este solo está sendo degradado pela criação de gado e as queimadas, que antecipam o cultivo de soja. O uso prolongado do solo provoca o processo de arenização.
Esse vídeo é importante para a conscientização assistam:

Trabalho no Brasil
Desde o seu início a sociologia tem se dedicado à análise do trabalho na sociedade moderna. Em suas mais diversas perspectivas e concepções de mundo, os autores clássicos do pensamento sociológico, cada um ao seu modo, apontaram a importância do trabalho e das relações que se construíram a partir dele para o entendimento da sociedade. No caso específico do Brasil não foi diferente, tendo a problemática do trabalho acompanhado as preocupações sociológicas ao longo de seu percurso de formação e consolidação enquanto disciplina.
O curso visa discutir o desenvolvimento da sociologia do trabalho no Brasil, percorrendo a trajetória deste campo de estudos desde os seus primórdios até as investigações contemporâneas. Neste sentido, estarão em tela os temas e abordagens orientadoras das pesquisas e reflexões nesta área, bem como os contextos nas quais foram produzidas.

Sociologia - A questão do trabalho no Brasil


Quando a agente pensa a questão do trabalho no Brasil, não podemos esquecer que ele está ligado ao envolvimento do país na trama internacional, desde que os portugueses chegaram por aqui no século XVI.
Vamos lembrar que a descoberta do Brasil ocorreu por causa da expansão européia e pelo desenvolvimento mercantilista. A produção agrícola para a exportação e a presença da escravidão no Brasil também estão vinculados à vinda dos europeus.

No final do século XIX, com a abolição da escravidão, encerrou-se um período de mais de 350 anos de predomínio do trabalho escravo. Só convivemos com a liberdade formal de trabalho há pouco mais de cem anos. Esse passado de escravidão continua pesando.

Mas como foi esse processo?

Nas primeiras décadas após a escravidão, os proprietários de terras procuraram trazer imigrantes para trabalhar em suas terras. Essa importação de colonos era feita com a ajuda do governo das províncias, que arcava com os custos da importação e ainda subvencionava as empresas agenciadoras de mão de obra estrangeira. O sistema então adotado ficou conhecido como colonato, pois as famílias que aqui chegavam, assinavam um contrato com os seguintes termos: o fazendeiro adiantava uma quantia necessária ao transporte e aos gastos iniciais de instalação e sobrevivência dos colonos e de sua família. Estes, por sua vez, deviam plantar e cuidar de um determinado número de pés de café. No final da colheita, seria feita uma divisão com os proprietários. Os colonos eram obrigados a pagar juros sobre o adiantamento e não podiam sair da fazendo enquanto não pagassem sua dívida, o que demorava muito. Assim se criava, o que na época era chamado de "parceria do endividamento", porque o colono não conseguia pagar o que devia ao fazendeiro, fazendo passar essa dívida de pai para filho.

A partir do século XX, os trabalhadores urbanos passaram a reivindicar melhores condições de trabalho, diminuição da carga horária semanal, melhorias salariais e, ainda, normatização do trabalho de mulheres e crianças, que eram empregadas em grande número e ainda mais exploradas do que os homens.
Diante das condições de vida e de trabalho precários, os trabalhadores iniciaram vários movimentos para modificar essa situação.

Com o desenvolvimento industrial crescente, as preocupações com o trabalhador rural continuaram a existir, mas a atenção maior das autoridades voltava-se para as condições do trabalhador urbano, que determinaram a necessidade de uma regulamentação das atividades trabalhistas no Brasil. Isso aconteceu pela primeira vez  em 1930, com a ascensão de Getúlio Vargas no poder.

entre 1929 até o final da Segunda Guerra Mundial, buscou-se uma ampliação do processo de industrialização no país, o que significou um aumento substancial do número de trabalhadores urbanos. Mesmo o Brasil da época sendo um país em que a maioria da população vivia em zona rural. Mantinha-se uma estrutura social, política e econômica vinculada à terra.

As transformações que foram ocorrendo depois mudaram a face do país, mas o passado continua influindo, principalmente nas concepções de trabalho. Quem nunca ouviu a expressão: "trabalhei hoje como um escravo!", ou mesmo percebeu o desprezo pelo trabalho manual e pelas atividades rurais, que lembram um passado do qual a maioria das pessoas quer fugir.

Mas e a situação atual do Brasil, como anda?

Nos últimos sessenta anos, convivemos no país, simultaneamente, com várias formas de produção.
Vamos pensar em exemplos dessa diversidade.
- Temos os trabalhadores, indígenas ou não, que tiram seu sustento coletando alimentos da mata, conhecidos como povos da floresta; 
- Trabalhadores da agropecuária, compreendendo os que ainda trabalham com enxada e facão e os que utilizam maquinários da mais alta tecnologia;
- Trabalhadores empregados em indústrias de transformação ou de produção de bens, seja em grandes empresas nacionais ou internacionais, ou em pequenas fábricas "de fundo de quintal";
- Trabalhadores nos setores de serviços e de comércio, que reúnem a maioria das pessoas;
- Trabalhos administrativos, em empresas de organização públicas e privadas, desenvolvendo desde as atividades mais simples, como servir cafezinho, até as mais completas, como gerenciar uma equipe;
- Crianças que trabalham em muitas das atividades descritas;
- Trabalhadores submetidos à escravidão por dívida.

Em 2005 a maior parte da população vivia em zona urbana, completamente diferente da população essencialmente rural de sessenta anos atrás. Isso significa, que em apenas sessenta anos, tivemos uma transformação radical no Brasil.


O processo de urbanização criou uma situação completamente nova no Brasil, a tal ponto, que nem a agropecuária e nem a indústria são hoje os setores que mais empregam. O perfil de trabalho no Brasil mudou, e com isso, as oportunidades de trabalho também.

Mas e a questão do desemprego?

O desemprego, mesmo depois de tantas mudanças, continua sendo um dos grandes problemas nacionais.

Na agricultura houve a expansão da mecanização, ocasionando a expulsão de inúmeras pessoas, que tomaram o rumo das cidades.
Na indústria a crescente automação das linhas de produção também colocou milhares de pessoas na rua.
Pra termos uma idéia do que aconteceu nesse setor, na década de 1980, para produzir 1,5 milhões de veículos, as montadoras empregavam 140 mil operários. Hoje para produzir 3 milhões de veículos, as montadoras empregam apenas 90 mil.

Esse quadro só poderá ser mudado com mais desenvolvimento econômico, dizem alguns. Outros afirmam que é impossível resolver o problema na sociedade capitalista, há ainda os que consideram o desemprego uma questão de sorte.
Todas essas explicações podem conter um fundo de verdade, mas, está faltando uma explicação, que deixará claro que o desemprego não é uma questão individual nem culpa do desempregado. Essa explicação está na política econômica desenvolvida no Brasil há décadas. É também resultado de uma política monetária de juros altos.

Acredito que somente será possível resolver a questão do emprego e da renda no Brasil com a ampliação da presença do Estado nos mais diversos setores - educação, saúde, segurança, transporte, cultura, esporte, lazer-, o que envolverá a contratação de milhares de pessoas, além de investimentos maciços em estradas, habitação e obras públicas.