quarta-feira, 3 de setembro de 2014


Câncer Infantil: Leucemia 

O que é leucemia?
As leucemias da infância são formas de câncer que afetam os sistemas hematopoiético (sistema responsável pela fabricação e manutenção das células sanguíneas) e retículo-endotelial, envolvendo, na maioria dos casos, transformação maligna das células precursoras linfóides, e menos freqüentemente, das células mielóides. A leucemia tem como principal característica o acúmulo de células jovens (blásticas) anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. A medula ocupa a cavidade dos ossos (principalmente os ossos esterno e bacia), que é conhecida popularmente por tutano. Nela são encontradas as células mães ou precursoras que originam os elementos figurados do sangue: glóbulos brancos, vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e plaquetas.

Quais são os principais sintomas?
Os sintomas mais comuns da leucemia decorrem do acúmulo das células anormais na medula óssea, que prejudicam ou impedem a produção dos glóbulos vermelhos (causando anemia), dos glóbulos brancos (facilitando a instalação de infecções) e das plaquetas (causando hemorragias).
Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo com isso, que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico. Com a proliferação excessiva de células imaturas da medula óssea, elas infiltram os tecidos do organismo, tais como: amígdalas, linfonodos (ínguas), pele, baço, rins, sistema nervoso central e outros.

Além dos problemas já citados, podem causar dores nos ossos e articulações, além de dor de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação causada pelo comprometimento do sistema nervoso.

Qual a freqüência da doença?
Conforme dados americanos, a incidência da leucemia em crianças com menos de 15 anos de idade, vem aumentando durante os últimos 20 anos, com uma taxa de 0,9% ao ano. O incremento foi registrado quase totalmente no tipo de leucemia conhecida como leucemia linfoblástica aguda (LLA). A leucemia, neste grupo etário, representa 31% de todos os casos de câncer registrados. A sua contribuição relativa, porém, está bastante diversificada: sendo 17% do total de casos entre menores de um ano e 46% dos casos para crianças entre 2 e 3 anos de idade. A partir desta faixa etária começa a diminuir até atingir apenas 9% do total de casos de câncer entre adolescentes de 19 anos. Em outras palavras, isto indica que a leucemia é quatro vezes mais freqüente entre crianças de 2 e 3 anos de idade do que entre infantes, menores de 1 ano e 10 vezes mais freqüente do que entre os adolescentes de 19 anos. As leucemias representam a maioria dos casos de câncer na infância e são as causas primárias de morte por câncer em crianças norte-americanas.

O Câncer Infantil 

Diagnóstico Precoce. Este é o principal fator que favorece a cura de qualquer tipo de câncer. Cerca de 70% das crianças acometidas pelo câncer podem ser curadas se o diagnóstico for precoce e a doença adequadamente tratada.
Porém, diagnosticar o câncer infanto juvenil é um grande desafio, já que os sinais e sintomas da doença em crianças e adolescentes não são precisos e podem ser confundidos
com
 os de outras doenças benignas comuns da idade. Além destes fatores, o diagnóstico precoce acaba não ocorrendo diversas vezes por desinformação dos pais e, ainda, o medo que o diagnóstico de câncer causa.
O diagnóstico precoce depende do médico, mas também dos pais que devem estar alertas para o fato de que a criança não inventa sintomas e que ao sinal de alguma anormalidade, devem levar seus filhos ao pediatra para avaliação. É igualmente relevante saber que, na maioria das vezes, esses sintomas estão relacionados a doenças comuns na infância. Mas isto não deve ser motivo para que a visita ao médico seja descartada.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Os tipos de câncer mais comuns na infância e adolescência são:

Os tipos de câncer mais comuns na infância e adolescência são: Leucemia Linfocítica (ou linfóide) Aguda: LLA é o câncer mais comum na infância e representa 30% do total de casos. Tumor de Wilms: pode afetar um rim ou ambos e é mais comum entre crianças na faixa dos 2 a 3 anos de idade. Representa de 5% a 10% dos tumores infantis. Neuroblastoma: é o tumor sólido extracraniano (isto é, fora do cérebro) mais comum nas crianças, geralmente diagnosticado durante os dois primeiros anos de vida. Ele pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas é mais comum nas supra-renais e mediastino. Retinoblastoma: é um câncer que tem origem nas células que formam parte da retina, cujo sinal mais comum é o brilho ocular chamado de "reflexo do olho de gato". Existem duas formas da doença, a hereditária e a esporádica. Costuma aparecer em crianças entre 2 e 3 anos de idade. Rabdomiossarcoma: é o câncer de partes moles mais comum em crianças. O tumor tem origem nas mesmas células embrionárias que dão origem à musculatura estriada esquelética ou voluntária, ou seja, músculos que se prendem aos ossos ou a outros músculos. Tumores do Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula espinhal): são os tumores malignos sólidos mais comuns em crianças, ficando atrás apenas das leucemias e linfomas. Adultos tendem a ter câncer em diferentes partes do cérebro, geralmente nos hemisférios cerebrais. Tumores da medula espinhal são menos comuns que os de encéfalo tanto em adultos como nas crianças. Tumores Ósseos Primários: são raros. O mais comum é que o câncer dos ossos seja resultado de outro tumor que se espalhou e atingiu o osso. A despeito de raros, são o sexto em incidência em crianças, sendo mais freqüentes na adolescência. Os mais comuns são o osteossarcoma e o Sarcoma de Ewing. Linfoma de Hodgkin: anteriormente chamado de doença de Hodgkin, é um câncer do sistema linfático (que inclui gânglios, timo e outros órgãos do sistema de defesa do organismo). O linfoma de Hodgkin pode atingir crianças e adultos, mas é mais comum em dois grupos, jovens adultos (dos 15 aos 40 anos, geralmente dos 25 aos 30 anos) e pessoas acima dos 55 anos. É raro antes dos 5 anos de idade, mas entre 10% e 15% dos casos ocorrem em adolescentes e crianças com menos de 16 anos. Linfomas não-Hodgkin: também têm origem no sistema linfático e são mais comuns que os linfomas de Hodgkin nas crianças, sendo o terceiro câncer mais comum entre crianças. Principais Sintomas O câncer infantil costuma ser difícil de reconhecer quando em seu estágio inicial, pois sua manifestação clínica confunde-se com grande parte das doenças comuns da infância. Além das consultas regulares ao pediatra, os pais devem estar atentos para o aparecimento de sinais e sintomas que não desaparecem, como: surgimento de nódulos ou caroços; palidez e falta de energia inexplicáveis; aparecimento de hematomas sem motivo; sangramentos freqüentes (por nariz, anus, vias urinárias); dor localizada persistente; coxeadura (mancar) sem razão aparente; febres sem explicação; aumento de volume abdominal; dor abdominal prolongada; dores de cabeça freqüentes, muitas vezes acompanhada por vômitos; mudanças nos olhos ou na visão; perda de peso rápida e excessiva; virilização em meninas ou puberdade precoce.

cancer infantil

O câncer infantil é raro - atinge uma a cada 600 crianças e adolescentes até os 15 anos. Nas crianças, as células cancerosas têm origem de células embrionárias primitivas, que muitas vezes crescem e se multiplicam mais depressa que nos adultos. Nos últimos 30 anos, o tratamento do câncer infantil deu um salto impressionante e, em média, nos centros especializados, como o A.C.Camargo Cancer Center, entre 70% e 80% delas ficam curadas, ou seja, vivem mais de 5 anos (e muitas vezes bem mais que isso) após o diagnóstico. Em meados dos anos 70, segundo dados do A.C.Camargo, apenas 20% das crianças com retinoblastoma (um câncer da retina do olho) podiam ser consideradas curadas, um índice que hoje está em 92%. Nas leucemias linfocíticas agudas essa taxa era de 20%, mas atualmente chega a 86%. Nos EUA, onde as crianças gozam de condições de saúde melhores que as brasileiras, o câncer é a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes com menos de 15 anos, com cerca de 1.600 mortes por ano. Os tipos de câncer que atingem as crianças também são muito diferentes dos que acometem os adultos. As leucemias são os cânceres mais comuns em crianças, atingindo com mais freqüência à faixa etária dos 2 aos 5 anos de idade. Cânceres do sistema nervoso central vêm em seguida e, em terceiro lugar, os linfomas, que são cânceres do sistema linfático. Os tumores sólidos abdominais (Tumor de Wilms e neuroblastoma) constituem uma parcela semelhante à dos linfomas. Completam a lista dos cânceres mais comuns em crianças os ósseos, os sarcomas de partes moles (sendo o rabdomiossarcoma o mais freqüente), de olho, os de células germinativas e os das glândulas supra-renais ou adrenais. O estágio de crescimento e desenvolvimento dos tumores é outra diferença importante entre adultos e crianças, pois a imaturidade do organismo das crianças tem importantes conseqüências para o tratamento.