quarta-feira, 7 de maio de 2014

Sociologia e o cotidiano


Hoje, com a correria do dia a dia, fazer várias coisas com estudar, trabalhar namorar nos tira tempo, e nunca paramos para pensar sobre o que ocorre ao nosso redor. A sociologia nos ajuda no que diz respeito a essa parte, pois essa é a ciência que estuda as consequências sociais dos relacionamentos dos indivíduos na sociedade.
Entre os jovens contemporâneos um dos assuntos mais comentados é a liberdade, um assunto polêmico, pois de um lado ele quer ser independente de seus pais quando o assunto é fazer suas vontades, mas não tem condições de realizar estas o por falta de maturidade ou condições financeiras o que o torna a condição de dependente novamente. Isso gera um conflito, porque este termo é bem relativo, vivemos em comunidade com outras pessoas, então a possibilidade de fazer tudo o que deseja talvez seja algo que outra pessoa não quer, então está outra pessoa não fica livre para escolher o que quer. Isso quer dizer que não há realmente umaliberdade igual para todos, e sim uma espécie desigualdade, entre uma minoria que pensa em acordo para que ninguém saia prejudicado e do outro aqueles que só pensam na própria vontade sem importar-se com o que os outros pesam ou querem.
Nessa sociedade em que vivemos, podemos encontrar também outras características tanto boas como ruins. Podemos encontrar varias formas de relacionamento, meios de comunicação, formas cada vez mais fáceis de aprendizado e de transmissão de conhecimento, isso tem tudo para tornar uma sociedade mais harmônica e passiva. Mas por outro lado, as pessoas com o passar do tempo, diferentemente das sociedades coletivas da antiguidade, estão cada vez mais individuais e egoístas não se importando com os problemas dos outros e sim apenas com elas mesmas e suas capacidades como pessoa unitária passando por cima de tudo e de todos.

Cidade e Universidade de Évora preparam-se para receber o VIII Congresso Português de Sociologia

A UE prepara-se para acolher mais uma edição do Congresso Português de Sociologia que decorre no Auditório da Universidade de Évora, de 14 a 16 de abril, sob o tema “40 anos de Democracia(s): progressos, contradições e prospetivas”. A Comissão Organizadora do VIII Congresso Português de Sociologia, representada pelas Professoras Saudade Baltazar, do Departamento de Sociologia da UE e Ana Romão, Presidente da Associação Portuguesa de Sociologia, encontraram-se com jornalistas, em ambiente informal, na Sala dos Docentes (CES), para dar a conhecer mais sobre aquele que é um evento que traz à Cidade e à Universidade mais de 1000 participantes, entre portugueses e estrangeiros. Destaque para a conferência inaugural, proferida pelo prestigiado sociólogo alemão Ulrich Beck e para as mais de 700 comunicações, distribuídas por 24 áreas temáticas que são apresentadas durante os três dias do congresso. O congresso assinala também os 50 anos do Ensino Superior da Sociologia em Portugal, que teve o seu primeiro curso na cidade de Évora, no Instituto Superior de Estudos Económicos e Sociais. “Sociologia na Rua” Em adição, tem lugar um completo programa cultural que funciona como complemento aos trabalhos, levado a cabo numa parceria com o Turismo do Alentejo, Câmara Municipal de Évora e a Delegação Regional do Alentejo do Instituto do Emprego e Formação Profissional. Mostra de produtos regionais, artesanato e apresentação de espetáculos de marionetes e de cantares alentejanos são algumas das atividades de que os participantes podem usufruir. Para além do Jantar do Congresso e de provas de vinho, 28 restaurantes da cidade oferecem descontos aos participantes. Há também lugar a visitas guiadas ao centro histórico da cidade, ao Museu de Évora e ao Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora. De chamar à atenção a participação dos alunos de Sociologia de 1.º e 2.º ciclos da Universidade de Évora, que mostraram forte mobilização e interesse em colaborar naquela que, segundo Ana Romão será uma "grande celebração da Sociologia”.

O fenômeno Valdomiro Santiago na perspectiva da sociologia da religião

A Sociologia da Religião consolidou-se como Ciências com Émile Durkheim (francês, 1858-1917), em especial por sua obra referencia "As formas elementares da vida religiosa", de 1912, na qual o autor estabelece que a religião seja uma forma fundamental de coesão social. O ponto de partida da sociologia da religião é a suposição de que os fenômenos religiosos falam da realidade social e, simultaneamente, se tradição geradora de mitos e ritos é coletiva, na perspectiva de Croatto. (Croatto, José Severino – 2001 p.18). Diante das teses de Durkheim, podemos compreender o grande numero de pessoas que estão participando dos cultos de "cura e milagres" do pastor Valdomiro Santiago em todo o Brasil, América Latina e África. Em seus templos, e em suas concentrações em praças e estádios, Valdomiro, que pertenceu às fileiras da Iurd, foi com Edir Macedo que aperfeiçoou o discurso de pastor neopentecostal. Em suas concentrações fazem "paraplégico andarem", "cegos enxergarem" e, "cancerosos curarem". Com um palavreado simples, de homem do campo, como ele mesmo fala nas pregações. Tornou-se um grande pregador, às vezes chora quando os milagres acontecem. Valdomiro prega, o que o povo simples carente, de poucos recursos, entende.A multidão em as suas concentrações chega a meio milhão de pessoas. Com isso ele hoje tem a vida de um bilionário, já possui mansões, carros importados, jatinho, latifúndios no estado de Mato Grosso, repleto de gado nelore. Já possui uma emissora de televisão. Tem vários horários pagos em outras redes de radio e tv. Diante desses relatos, voltamos às teses de Durkheim. Em seus cultos os fiéis compartilham do mesmo pensamento, que é o de cura e de solução das suas dificuldades mais diversas (amorosas, financeiras, realizações pessoais, etc.). Portanto, na Igreja Mundial, do ponto de vista sociológico, os fenômenos religiosos se identificam com a “coesão social e falam da realidade social” que se enquadram perfeitamente na referida tese. Em Goiânia Valdomiro Santiago possui um templo no centro da cidade para quase cinco mil pessoas. Nele possui "televisão a cabo", lanchonete, livraria, ar condicionado e poltronas confortáveis. Seus pastores, obreiros e obreiras, todos muitos bem vestidos, e trabalham em grupos para atender os prováveis milagres que eventualmente ocorre. Valdomiro possui em, cada cidade, em cada templo ou igreja, uma equipe de contadores, e seus pastores são bem remunerados. Nos intervalos os canais de TV, reprisam os cultos. A todo tempo, surgem milagres nas Igrejas da região metropolitana de São Paulo. É importante ressaltar a competitividade entre a Igreja Mundial e a Igreja Universal do Reino de Deus. O diferencial em favor de Valdomiro são as leituras dos versículos da Bíblicos nos cultos.

Mais do que nunca, a imaginação sociólogica

É possível, com outros critérios e orientações, unir o conhecimento científico, as políticas públicas, os movimentos sociais e a cidadania contra as repercussões destrutivas da crise. Em tempos de aguda crise económica, social e política, com intensas repercussões ao nível dos processos de desestruturação e desfiliação social (desemprego, precariedade, pobreza e aumento das desigualdades, enfraquecimento do Estado social), torna-se ainda mais premente o debate vivo e atualizado sobre os caminhos da sociedade portuguesa. Também por essa circunstância, ganha especial relevo a realização do VIII Congresso Português de Sociologia sob o tema: "40 Anos de Democracia(s): Progressos, Contradições e Prospetivas", que reunirá mais de mil sociólogos na Universidade de Évora, de 14 a 16 de abril. A Associação Portuguesa de Sociologia, que organiza o evento, tem vindo a pronunciar-se publicamente sobre a política científica reinante que, entre outros aspetos, despreza implícita ou explicitamente o papel das ciências sociais, precisamente quando se imporia o inverso, isto é, o aumento de recursos e de vontades para que seja possível um conhecimento científico aprofundado, sistemático e durável das nossas sociedades, condição indispensável para a produção de políticas públicas adequadas à urgência social, devidamente qualificadas e qualificantes, solidárias e sustentáveis. De igual modo, temos defendido com afinco a promoção da estabilidade do emprego científico, de forma a superar a precariedade que expulsa tantas e tantos investigadores/as de Portugal e do espaço europeu, comprometendo perspetivas de carreira profissional e de vida pessoal e familiar e, não menos importante, diminuindo o potencial científico do país. Não nos conformamos, ainda, com o cariz fortemente ideológico de alguns discursos utilitaristas sobre a falta de empregabilidade das ciências sociais, uma vez que não encontram suporte nem na realidade empírica, nem nos inúmeros estudos realizados. A suposta “inutilidade” da sociologia e das ciências sociais é tão mais propagada quanto os resultados do conhecimento acumulado sobre as práticas sociais incomoda os poderes instituídos, uma vez que apontam erros, insuficiências, omissões e, acima de tudo, a possibilidade de pensar e de agir de outra maneira, contra a barreira de mitos da inevitabilidade, que mais não é do que uma forma de neutralizar a história, a política e o próprio debate público. Ora, é na discussão aberta, viva e plural sobre os caminhos do possível que se encontram os futuros socialmente disponíveis e imagináveis. Hoje, mais do que nunca, a sociologia e as ciências sociais, sem tentação messiânica ou posse absoluta de qualquer verdade ou dogma, podem mobilizar sólidos conhecimentos estruturados sobre nós mesmos e sobre o nosso lugar na Europa e no mundo. Não por acaso, a conferência de abertura será proferida pelo sociólogo alemão Ulrich Beck, que propõe conceitos como “sociedade de risco”, “modernização reflexiva”, “segunda modernidade” ou “destradicionalização”. O seu último livro, de grande atualidade, A Europa Alemã – De Maquiavel a ‘Merkievel’. Estratégias de Poder na cCise do Euro, aponta baterias contra a deriva antidemocrática da União Europeia. Move-nos, por isso, esta indestrutível energia de não pararmos no conhecimento, no debate, na implicação pública. É possível, com outros critérios e orientações, unir o conhecimento científico, as políticas públicas, os movimentos sociais e a cidadania contra as repercussões destrutivas da crise. Assim acontecerá durante este VIII Congresso, 40 anos após a refundação democrática do nosso país. Depois do 25 de abril.

Sociólogos juntam-se em Évora para ouvir Ulrich Beck e discutir democracia

Congresso Português de Sociologia, que esta segunda-feira arranca em Évora, tem por mote “40 anos de democracia (s) – progressos, contradições e prospectivas”. Ulrich Beck, um dos mais influentes sociólogos da actualidade, abre esta segunda-feira o VIII Congresso Português de Sociologia, que durante três dias decorrerá na Universidade de Évora. Espera-se que fale sobre a Europa, que ele considera em risco de se transformar numa “Europa Alemã”, contrária a uma união baseada na solidariedade entre nações. Ulrich Beck é um dos maiores representantes do que é a ciência hoje, comenta João Teixeira Lopes, que coordenou o conselho do programa do congresso organizado pela Associação Portuguesa de Sociologia. Como o britânico Anthony Giddens e o americano Scott Lash, desenvolve o conceito de “modernidade reflexiva” para caracteriza a sociedade contemporânea. “Esta é uma modernidade que se questiona a si própria, em contraste com o que se passava em décadas anteriores, em que o progresso, por exemplo, não se questionava, era encarado como o caminho para o futuro glorioso”, explica o vice presidente da Associação Portuguesa de Sociologia, professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Não uma, mas muitas modernidades são possíveis num mundo que estimula a crítica activa e o autoconfronto. Na perspectiva de Ulrich Beck, o que existe é uma “sociedade de risco”. A essência de tudo é a incerteza. E uma nova mobilização política é necessária para que o risco não seja segredo, para que haja maior transparência nos processos de decisão, até porque o risco não é igual para todos. A expectativa, na manhã desta segunda-feira, é que Ulrich Beck fale sobre a Europa. O professor da Universidade de Munique e na London School of Economics é um dos grandes críticos da Alemanha, que lhe parece estar apostada numa estratégia de hesitação a que chama “Merkiavel”. No seu entender, impõe-se um contrato social novo, gerador de mais democracia. A conferência de Ulrich Beck é o ponto alto de um programa que inclui dezenas de comunicações, uma mão cheia de lançamentos de livros e a apresentação da nova página electrónica do Observatório das Desigualdades, uma estrutura independente criada no seio do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa. O evento costumava realizar-se de quatro em quatro anos. Em cada edição, acumulavam-se mais de 1200 comunicações. Os organizadores entenderam encurtar o intervalo, passando o congresso a bienal. Mesmo assim receberam mais de 800 comunicações. Desta vez, o desafio proposto é obter “um olhar crítico e pluriperspectivado sobre os últimos quarenta anos” de democracia em Portugal. Ao que se pode ler no programa, intitulado “40 anos de democracia (s) – progressos, contradições e prospectivas”, partiu-se do princípio que a “singularidade portuguesa apresenta novas pontes de comunicação comparativa com outras realidades territoriais”. E o facto é que, entre os inscritos, há um grande número de brasileiros e espanhóis. Em destaque nas mesas redondas, adianta Teixeira Lopes, estará também “a subalternização que o poder político quer impor às ciências sociais”. “Vamos suscitar um debate com os ditos cientistas duros, como físicos, biólogos, que partilham connosco a ideia de que as políticas públicas estão cada vez mais apostadas em desvalorizar a ciência”, esclarece. As perdas parecem-lhe evidentes: “Numa altura de crise, devia haver mobilização de conhecimento científico para que as políticas públicas fossem mais eficazes”. Na sua opinião, não só isso não acontece, como a intervenção de proximidade incorpora vez menos trabalhadores qualificados.

Prémio Nobel quis aproximar economia e sociologia

O professor universitário e galardoado com o Nobel da Economia, Gary Becker, faleceu este sábado, em Chicago, aos 83 anos, vítima de doença prolongada. Professor de Economia e Sociologia na Universidade de Chicago, o economista norte-americano venceu o Nobel da Economia em 1992 depois de aplicar os métodos económicos aos estudos considerados restritos à Sociologia, como o crime, a educação ou o casamento. Este novo método, que ele designou por “aproximação económica”, pressupõe que as pessoas agem de forma racional, avaliando os motivos, os prós e os contras antes de procurarem lucros pessoais a curto prazo.
Max Weber 

Max Weber (1864-1920) foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia e é o pensador mais recente dentre os três, conhecedor tanto do pensamento de Comte e Durkheim quanto de Marx. Assim, ele entende que a sociedade não funciona de forma tão simples e nem pode ser harmoniosa como pensam Comte e Durkheim, mas também não propõe uma revolução como faz Marx, mas afirma que o papel da Sociologia é observar e analisar os fenômenos que ocorrem na sociedade, buscando extrair desses fenômenos os ensinamentos e sistematizá-los para uma melhor compreensão, é por isso que sua Sociologia recebe o nome de compreensiva.
Weber valorizava as particularidades, ou seja, a formação específica da sociedade; entende a sociedade sob uma perspectiva histórica, diferente dos positivistas.
Um dos conceitos chaves da obra e da teoria sociológica de Weber é a ação social. A ação é um comportamento humano no qual os indivíduos se relacionam de maneira subjetiva, cujo sentido é determinado pelo comportamento alheio. Esse comportamento só é ação social quando o ator atribui à sua conduta um significado ou sentido próprio, e esse sentido se relaciona com o comportamento de outras pessoas.
Weber também se preocupou com certos instrumentos metodológicos que possibilitassem ao cientista uma investigação dos fenômenos particulares sem se perder na infinidade disforme dos seus aspectos concretos, sendo que o principal instrumento é o tipo ideal, o qual cumpre duas funções principais: primeiro a de selecionar explicitamente a dimensão do objeto a ser analisado e, posteriormente, apresentar essa dimensão de uma maneira pura, sem suas sutilezas concretas.
Em suma: a Sociologia de Comte e Durkheim são positivistas; a de Marx é revolucionária e a de Max Weber é compreensiva. E nisto talvez esteja a principal diferença entre esses quatro grandes pensadores da Sociologia.
Émile Durkheim

Émile Durkheim (1858-1917) foi o fundador da escola francesa de Sociologia, ao combinar a pesquisa empírica com a teoria sociológica. Ainda sob influência positivista, lutou para fazer das Ciências Sociais uma disciplina rigorosamente científica. Durkheim entendia que a sociedade era um organismo que funcionava como um corpo, onde cada órgão tem uma função e depende dos outros para sobreviver. Ao seu olhar, o que importa é o indivíduo se sentir parte do todo, pois caso contrário ocorrerá anomalias sociais, deteriorando o tecido social.
A diferença entre Comte e Durkheim é que o primeiro crê que se tudo estiver em ordem, isto é, organizado, a sociedade viverá bem, enquanto Durkheim entende que não se pode receitar os mesmos “remédios” que serviu a uma sociedade para resolver os “males” sociais de outras sociedades.
Para Durkheim, a Sociologia deve estudar os fatos sociais, os quais possuem três características: 1) coerção social; 2) exterioridade; 3) poder de generalização. Os fatos sociais apresentam vida própria, sendo exteriores aos indivíduos e introjetados neles a ponto de virarem hábitos.
Pela sua perspectiva, o cientista social deve estudar a sociedade a partir de um distanciamento dela, sendo neutro, não se deixando influenciar por seus próprios preconceitos, valores, sentimentos etc.
A diferença básica entre Marx, Comte e Durkheim consiste basicamente em que os dois últimos entendem a sociedade como um organismo funcionando, suas partes se completando. Por outro lado, Marx afirma que a ordem constituída só é possível porque a classe dos trabalhadores é dominada pela classe dos capitalistas e propõe que a classe proletária (trabalhadores) deve se organizar, unir-se e inverter a ordem, ou seja, passar de dominada a dominante, e assim superar a exploração e as desigualdades sociais.
Karl Marx

Karl Marx (1818-1883) foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna, atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista e foi o mais revolucionário pensador sociológico.
Marx concebe a sociedade dividida em duas classes: a dos capitalistas que detêm a posse dos meios de produção e o proletariado (ou operariado), cuja única posse é sua força de trabalho a qual vendem ao capital. Para Marx, os interesses entre o capital e o trabalho são irreconciliáveis, sendo este debate a essência do seu pensamento, resultando na concepção de uma sociedade dividida em classes. Assim, os meios de produção resultam nas relações de produção, formas como os homens se organizam para executar a atividade produtiva. Tudo isso acarreta desigualdades, dando origem à luta de classes.
Marx foi um defensor do comunismo, pois essa seria a fase final da sociedade humana, alcançada somente a partir de uma revolução proletária, acreditando assim na ideia utópica de uma sociedade igualitária ou socialista.
Principais pensadores

São três os principais pensadores clássicos da Sociologia, a saber: Marx, Durkheim e Weber.
Max Weber, Émile Durkheim e Karl Marx - os três principais pensadores clásicos da sociologia
Max Weber, Émile Durkheim e Karl Marx - os três principais pensadores clásicos da sociologia
O termo Sociologia foi criado por Augusto Comte (1798-1857), sendo considerado o pai da Sociologia – provavelmente o primeiro pensador moderno. Comte defendia a ideia de que para uma sociedade funcionar corretamente, precisa estar organizada e só assim alcançará o progresso. Seu esquema sociológico era tipicamente positivista, corrente com grande expressão no século XIX.

XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE SOCIOLOGIA

A Sociologia como Artesanato Intelectual é o tema do próximo Congresso Brasileiro de Sociologia
penacongressoA ser realizado de 10 a 13 de setembro de 2013 na cidade de Salvador, o próximo Congresso da SBS terá como tema A Sociologia como Artesanato Intelectual, expressão cunhada por Charles Wright Mills em fins dos anos 50, em seu famoso e clássico livro A Imaginação Sociológica.

  • Sociologia
  • A Sociologia é uma das Ciências Humanas que tem como objetos de estudo a sociedade, a sua organização social e os processos que interligam os indivíduos em grupos, instituições e associações. Enquanto a Psicologia estuda o indivíduo na sua singularidade, a Sociologia estuda os fenômenos sociais, compreendendo as diferentes formas de constituição das sociedades e suas culturas.
    O termo Sociologia foi criado em 1838 (séc. XIX) por Auguste Comte, que pretendia unificar todos os estudos relativos ao homem — como a História, a Psicologia e a Economia. Mas foi com Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber que a Sociologia tomou corpo e seus fundamentos como ciência foram institucionalizados.

    Augusto Comte
     A Sociologia surgiu como disciplina no século XVIII, como resposta acadêmica para um desafio que estava surgindo: o início da sociedade moderna. Com a Revolução Industrial e posteriormente com a Revolução Francesa (1789), iniciou-se uma nova era no mundo, com as quedas das monarquias e a constituição dos Estados nacionais no Ocidente. A Sociologia surge então para compreender as novas formas das sociedades, suas estruturas e organizações.
    A Sociologia tem a função de, ao mesmo tempo, observar os fenômenos que se repetem nas relações sociais – e assim formular explicações gerais ou teóricas sobre o fato social –, como também se preocupa com aqueles eventos únicos, como por exemplo, o surgimento do capitalismo ou do Estado Moderno, explicando seus significados e importância que esses eventos têm na vida dos cidadãos.
    Como toda forma de conhecimento intitulada ciência, a Sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo de pesquisa. O conhecimento sociológico, por meio dos seus conceitos, teorias e métodos, constituem um instrumento de compreensão da realidade social e de suas múltiplas redes ou relações sociais.
    Os sociólogos estudam e pesquisam as estruturas da sociedade, como grupos étnicos (indígenas, aborígenes, ribeirinhos etc.), classes sociais (de trabalhadores, esportistas, empresários, políticos etc.), gênero (homem, mulher, criança), violência (crimes violentos ou não, trânsito, corrupção etc.), além de instituições como família, Estado, escola, religião etc.
    Além de suas aplicações no planejamento social, na condução de programas de intervenção social e no planejamento de programas sociais e governamentais, o conhecimento sociológico é também um meio possível de aperfeiçoamento do conhecimento social, na medida em que auxilia os interessados a compreender mais claramente o comportamento dos grupos sociais, assim como a sociedade com um todo. Sendo uma disciplina humanística, a Sociologia é uma forma significativa de consciência social e de formação de espírito crítico.
    A Sociologia nasce da própria sociedade, e por isso mesmo essa disciplina pode refletir interesses de alguma categoria social ou ser usado como função ideológica, contrariando o ideal de objetividade e neutralidade da ciência. Nesse sentido, se expõe o paradoxo das Ciências Sociais, que ao contrário das ciências da natureza (como a biologia, física, química etc.), as ciências da sociedade estão dentro do seu próprio objeto de estudo, pois todo conhecimento é um produto social. Se isso a priori é uma desvantagem para a Sociologia, num segundo momento percebemos que a Sociologia é a única ciência que pode ter a si mesma como objeto de indagação crítica.